Vale a pena vender doces no Ifood? Dona de doceria conta os perrengues e como começou 

Publicado por Jéssica Trabuco em 9 de maio de 2024

Para quem acha que tudo são flores, é preciso ficar atento, viu? Assim como quase tudo na vida, vender no iFood também tem suas dificuldades e questões que precisam ser analisadas e cuidadas para que o trabalho faça sentido. 

A Sah Cavalcante, em um vídeo bem honesto e prático, contou um pouco da sua experiência vendendo na plataforma e deu informações importantes para todo mundo que quer seguir por esse mesmo caminho. 

Entendendo bem como as coisas funcionam você não só consegue escolher se realmente quer fazer isso, como pode lidar melhor com o que acontecer pelo caminho. 

As coisas não acontecem da noite para o dia


Vale a pena vender doces no Ifood
Foto | Reprodução: Canal da Sah Cavalcante

A Sah já trabalha com doces na rua e como costumava ficar livre no meio da tarde, pensou que o iFood seria uma boa forma de fazer um dinheiro a mais com seus produtos. Só que, ao contrário do que muita gente pensa, as coisas não acontecem da noite para o dia. 

Ela na verdade nem fazia ideia do que precisava para começar a vender pelo aplicativo, ela só tinha vontade e resolveu arriscar. 

Foi o irmão que criou a loja e é importante que todos saibam que é preciso ter um CNPJ! Sendo um MEI já é possível iniciar suas operações. Eu já vi gente dizendo que conseguiu se cadastrar e abrir a loja no mesmo dia, mas ela disse que levou uma semana para liberar. 

Quando teve permissão para começar, ela não tinha nem fotos próprias dos produtos e pegou na internet. O jeito foi reproduzir exatamente o que estava nas imagens. 

Demorou dois dias para ter o primeiro pedido e como ela não fazia ideia das taxas, cobrou um valor bem baixo. Quando foi receber, tomou um susto!

Fique atento aos golpes


No vídeo, a empreendedora fala que sofreu dois golpes e peço que vi nos comentários, outras pessoas também passam por isso. 

Ela comentou que dois pedidos que foram grandes e feitos em momentos diferentes, chegaram na casa do cliente e ele cancelou logo depois, fazendo com que ela tivesse prejuízo. 

O iFood disse que ia resolver, mas as coisas não foram solucionadas ainda. Pelo que vi a plataforma realmente dá suporte nessas situações, mas o processo pode ser mais longo do que se espera. 

Por isso, é fundamental ficar atento e saber que esse tipo de coisa realmente pode acontecer, mas será resolvido. 

O valor de venda no iFood precisa ser maior


Quando recebeu o primeiro dinheiro da plataforma ficou claro para ela que não tinha como vender os produtos com o mesmo preço que vendia na rua. 

Existe uma taxa de 27% que precisa ser paga em cima de todos os produtos vendidos, além de taxa de entregador e um valor semanal. Para conseguir ter lucro é preciso considerar tudo isso na conta na hora de construir sua tabela de preços. 

Mesmo com taxa vale a pena

A Sah não tem o iFood como renda principal, ela apostou nele para complementar as vendas que já fazia na rua. Depois que entendeu como precificar os produtos e mesmo vendo que em alguns dias saem muitos pedidos e outros não, ela considera que vale a pena. 

Toda venda é um ganho a mais que se tem e que ela acrescenta ao montante que consegue faturar no mês. 

O negócio é ter o preço correto, colocar boas fotos, ter uma descrição detalhada e caprichar no produto para que o cliente goste. Quanto melhores suas avaliações, maior o seu alcance e sua chance de vendas.

Ela faturou mais de R$600 na semana


Em um print logo no início do vídeo a gente consegue ver o faturamento e o lucro que ela teve do dia 05 de julho ao dia 11. Foram R$630, 87 de venda e tirando as taxas ficou R$464,50. 

Se a gente multiplicar isso por 4 (que é a quantidade de semanas no mês) chegaremos ao resultado de R$1.858. É um valor que eu considero bacana, visto que essa não é a renda principal dela e sim um complemento. 

Um empreendedor que foque só na plataforma e que atue por mais horas no dia, com certeza pode ter um resultado ainda maior. 

Outro ponto que a gente precisa destacar é que o negócio dela é uma brigaderia. São produtos a base de brigadeiro e fruta e costumam ser mais baratos.

Melhores datas para venda


Você sabia que existem melhores datas para vender no iFood? Pois é! A empreendedora reparou isso com a sua experiência e eu acho relevante trazer para você:

  • De 1 a 10 do mês as vendas são melhores;
  • Do dia 10 ao 20 elas caem um pouco;
  • Do dia 20 ao 31 voltam a melhorar. 

Tendo isso em mente fica mais fácil se preparar para aproveitar as datas mais quentes e fazer promoções e divulgações especiais nas mais frias. 

Agregue valor ao seu produto


Para ganhar dinheiro no iFood é preciso se dedicar a fazer o melhor possível para o seu público. Tudo tem que ser feito da melhor maneira. Não só os doces precisam ter boa qualidade e capricho, como é fundamental ter cuidado com a higiene e a embalagem. 

Mesmo que não tenha muito dinheiro para começar, inicie de forma simples, mas cuidadosa.  A Sah fala que o iFood recomenda sacolas de kraft grossas para colocar o pedido, mas que elas são mais caras. 

No início ela embalava com aquelas sacolas pardas de pão, sabe? Só que ela tinha cuidado e ainda colocava o nome da loja de caneta e deixava uma frase inspiradora para o cliente, agradecendo o pedido. 

É algo simples, mas que fazia uma grande diferença. Pense além e com certeza perceberá pequenas atitudes que pode fazer que vão fidelizar o cliente, melhorar sua pontuação e te ajudar a ganhar mais dinheiro. 

Leia também: Casal empreendedor mostra quanto faturou no primeiro mês vendendo geladinho no iFood

Comece com o que tem


Mais importante do que querer vender no iFood é começar do jeito que dá. Não fique procurando desculpas, dê o primeiro passo que aos poucos as coisas vão se resolvendo e ajeitando. 

Espero que o canal da Sah te ajude e te inspire, viu?

Muito obrigada pela sua companhia aqui hoje. 

Um abraço e até mais!

Jéssica Trabuco
Sou baiana de Salvador, formada em Jornalismo e fundadora do Negócio de Cozinha. Trabalhei com vendas por mais de cinco anos e estudar e falar de negócios faz parte do meu dia a dia! Sou apaixonada em ajudar o outro a mudar o seu mundo e faço o que estiver ao meu alcance para conseguir!

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