A prototipagem é uma etapa do design thinking que permite que uma ideia seja tangível, seja por meio de papel, som, encenação ou até mesmo por meio de simulação de artefatos materiais, relações ou ambientes. É uma maneira mais concreta de saber se um plano ou projeto está indo pelo caminho certo ou ainda precisa de retoques.
Hoje em dia é comum ver as empresas agindo precocemente, de forma imediatista e, por vezes, até mesmo imprudente. Com o avanço da tecnologia e a fluidez das coisas, agir dessa forma está se tornando cada vez mais comum – e isso de forma nenhuma é positiva para o ramo dos negócios.
Essa pressa em realizar as coisas e ultrapassar a concorrência é que faz com que muitos empreendedores esqueçam desse passo tão importante que é a prototipagem.
Quando falamos desse imediatismo, queremos dizer que, agir com demasiada pressa, é frequentemente o motivo pelo qual as empresas acabam se esquecendo ou deixando de usar as técnicas do Design Thinking, cruciais para o sucesso dos negócios.
O que é Design Thinking?
Para você entender melhor, o Design Thinking consiste, basicamente, em trazer um olhar de fora, para dentro – ou seja, trazer um olhos do próprio consumidor, para dentro da empresa.
Fazer isso nas empresas se tornou uma das melhores formas de inovar e também solucionar problemas mais complexos dentro delas.
O processo é feito da seguinte forma: coloca-se o usuário/cliente dentro do processo, para que haja uma empatia – ou seja, a empresa se colocar no lugar desse cliente para entender de fato as suas necessidades.
Isso é fundamental para a criação de alternativas, saídas e inovar nos processos de criação – seja lá que que for – das empresas.
Fazendo isso, a empresa estará avaliando de forma mais precisa de o cliente está de fato tendo suas necessidades atendidas e expectativas alcançadas.
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Então, exatamente, o que seria a prototipagem?
A prototipagem é uma das etapas do Design Thinking. Para ficar mais fácil de entender, vamos usar um exemplo que vai mais para o sentido comum da palavra protótipo:
Imagine que um amigo seu te aborda para contar sobre um novo projeto que está desenvolvendo para criar um modelo novo de sofá. Ele discorre por horas sobre como ele é versátil, compacto, leve, confortável, resistente, fácil de limpar etc.
Imagine que ele te apresenta uma lista bastante completa dos materiais necessários, orçamento, tecidos, tipos de madeira, cores… tudo. Então ele te pede R$ 65.000,00 para colocar o projeto em prática e produzir uma série desses sofás para vender.
Você consegue ver o quanto a sua reação, para com o seu amigo, seria diferente se, em vez de apresentar todos esses argumentos e listas – ou juntamente e eles -, ele te apresentasse um desses sofás prontos para você ver, mexer, tocar e testar, ou seja, te mostrasse um protótipo desse sofá?
Esse exemplo tem tudo a ver quando voltamos às questões administrativas dos negócios, pois um protótipo serve para evitar investimentos falhos, digo, se produz um, primeiro, uma representação mais palpável da ideia, antes de se produzir em série – ou de levar o projeto à frente para os clientes.
Em outras palavras, tornar tangível aquilo que era apenas imaginado. É nesse estágio inicial, na prototipagem, que se comunica claramente uma ideia e, além disso, que se descobre erros, os corrige, e se aperfeiçoa essa ideia.
Isso se aplica a tanto a produtos, quanto a serviços, processos e modelos de negócio. Os protótipos, claro, irão variar de acordo com o tipo de ideia e da área do negócio para o qual se pensou essa ideia. Eles podem ser objetos, telas de sistema, script de atendimento, maquete e por aí vai.
O processo da prototipagem
Há muitas outras vantagens na prototipagem, como o fato de que, na maioria das vezes, ela envolve equipes multidisciplinares, o que normal e naturalmente resulta em ideias mais incomuns e inovadoras.
Não raramente, esse processo acaba gerando uma solução muito – ou completamente – diferente da ideia inicial.
O processo de prototipagem ajuda a consolidar as ideias, por meio de opiniões diversas e distintas e da própria experimentação, onde se vai aprimorando e adaptando as ideias.
Esse processo requer calma, concentração, pesquisa e tempo. Por isso, como falamos lá em cima, as empresas que acabam se apressando e agindo impulsivamente como se estivesse em uma corrida contra o tempo, muitas vezes acabam sem ter sucesso nessas tentativas e, muitas vezes, até sujando suas próprias imagens/nomes.
As vantagens de fazer um protótipo
Pensando em todos esses processos que falamos nos tópicos anteriores, já dá para se ter uma boa noção das vantagens que se têm ao realizar a prototipagem antes de já colocar em prática as ideias ou projetos.
A prototipagem, logo de início, já dá uma grande vantagem que é a de não permitir que alguns processos importantes sejam esquecidos.
Outra grande vantagem da prototipagem é impedir que algumas ideias e suposições sem fundamento, baseadas no “achismo”, sejam levadas à frente dessa forma, vazias.
Um dos pontos mais comuns onde se usa a prototipagem é que se tem uma equipe com muitas ideias, muitos caminhos, e uma única e crucial dúvida: por onde seguir.
E que tal uma lista das vantagens da prototipagem? Vamos lá:
- Ela ajuda a descobrir os problemas logo cedo, te permitindo corrigi-los e encontrar novos caminhos para chegar no resultado final da forma mais bem sucedida possível.
- Garante que os requisitos do sistema atendem às necessidades do público alvo (que pode ser a própria empresa)
- Ajuda no relacionamento com o cliente (como citamos lá em cima, a questão da empatia).
- Te permite uma melhor visibilidade do andamento (progresso) do projeto.
- Você pode confiar mais no feedback do usuário.
Ferramentas online que auxiliam na prototipagem
Hoje, existem várias ferramentas online que te auxiliam a criar protótipos de forma mais interativa. Alguns deles são:
- Sketch
- AdobeXD
- Invision
- Marvel
A pressa é inimiga da perfeição
Hoje em dia, o mundo inteiro tem acesso a todo tipo de informação – o tempo todo. Isso implica em uma nova forma de enxergar a sociedade, pois os relacionamentos e pontos de vista mudaram.
Junto com isso mudou também a forma de se fazer negócio. Hoje é imprescindível que o cliente esteja dentro, fazendo parte, dos processos da empresa. E isso é positivo, pois assim conseguimos entender nossos clientes, as necessidades deles, e saber como chegar até eles, como agradá-los e conquistá-los!
Ou seja, envolver os clientes é uma forma de alcançar resultados mais efetivos.
Então não se esqueça da prototipagem, afinal, a pressa é inimiga da perfeição!
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