Você sabia que a música tocada em um supermercado é um truque para vender mais? Saiba como isso influencia os clientes

Publicado por Lidia Massari em 12 de março de 2024

Embalados por canções suaves ou hits do momento, os corredores de um supermercado têm trilhas sonoras que nos fazem esquecer da loucura diária. Embora pareça algo despretensioso para tornar nossa experiência mais agradável, saiba que isso não passa de pura estratégia comercial.

Isso mesmo, aquela musiquinha que encanta e acompanha você da entrada ao caixa é programada para fazer você gastar mais, claro, inconscientemente.

Se você não faz ideia, mas quer saber o que há por trás da estratégia, descubra por que a música tocada em um supermercado é um truque para vender mais!

Aquela música agradável do supermercado influencia você a gastar mais enquanto faz suas compras, entenda!

a música influencia a comprar mais

Existem vários estudos, testes e livros que abordam a lógica do consumo, especificamente em supermercados. Isso porque o supermercado é um dos poucos comércios em comum que todo ser humano moderno frequenta semanalmente.

O motivo por trás da música do supermercado, é a relação entre a agradabilidade que o som proporciona e o impacto direto no consumo.

Sim, a música em som ambiente tem o poder de nos estimular a comprar mais. Principalmente quando o comércio entende a lógica e a aplica corretamente ao público-alvo, momento do dia e estratégia de venda.

Isso também se aplica à ausência de janelas, relógios e qualquer outro aspecto que remete ao mundo lá fora. Cada estratégia moderna é feita para você perder a noção de tempo e, no caso da música, reduzir o estresse.

Como resultado, o consumidor entra num estado de relaxamento, tranquilidade e sente-se confortável para comprar mais. Mas espera aí, qualquer música faz isso?

Qual o tipo de música que os supermercados mais utilizam para “hipnotizar” seus consumidores?

Quando falamos em música, tudo é subjetivo, afinal, há milhares de estilos musicais e tantos outros surgem diariamente. Porém, grandes redes supermercadistas têm times de especialistas que definem o estilo ideal à audiência.

Além do mais, fatores como período do dia, dia da semana e o próprio setor do supermercado influenciam na escolha da trilha sonora.

Olha que interessante, existem estudos que datam de 1982 (Journal of Marketing), que apontam um aumento próximo de 40% nas compras de um consumidor exposto ao estilo musical certo.

Nesse contexto, são músicas de baixa frequência que não ultrapassam 72 BPM (beat per minute – batidas por minuto). Dessa forma, o intuito é induzir o consumidor a um estado inconsciente de relaxamento.

Tudo para “ajudá-lo” a comprar produtos que nem estavam em sua lista. É justamente por isso que você não encontra supermercados que tocam músicas pesadas ou de toque rápido.

Todavia, isso não é uma regra, mesmo porque precisa fazer sentido dentro da estratégia comercial do supermercado, né?

Diferentes contextos em que a música “manipula” o consumidor

Quer ver na prática como você sofre influência da música sem se dar conta? Então, veja se você se relaciona com os seguintes contextos:

  1. Vá ao supermercado na parte da manhã de uma segunda-feira, e note se a música ambiente não é a mais relaxante possível.
  2. Faça o mesmo exercício, mas agora em uma sexta-feira à tarde, provavelmente a música traz mais animação.

Logo pela manhã a pessoa só quer começar bem o dia. Então, uma canção suave é a proposta perfeita para reforçar esse sentimento.

Por outro lado, sexta-feira é sagrada para o brasileiro que fitou a semana inteira com o merecido descanso e, claro, com aquele churrasquinho.

Então, uma música que causa euforia e valide aquele sentimento de “festa”, é o combustível mágico que o faz comprar mais. Diga-se de passagem, com um belo sorriso no rosto.

Compreende agora como a música é uma arma e tanto para o comércio que sabe usá-la a seu favor?

Nem todo supermercado enxerga a necessidade da música para vender

música tocada em um supermercado

Pessoalmente eu dou muito valor aos supermercados que têm a consciência das ferramentas à disposição. E mesmo que alguns chamam isso de manipulação, é vital destacar que falamos de um negócio que depende das vendas.

Contudo, mais instigante é encontrar empreendimentos que fogem do padrão, isto é, que vão na contramão disso. Além de mostrar uma ousadia vital à sobrevivência, indica que dá para ser diferente e conseguir resultados igualmente fantásticos.

Nesse contexto, enquanto a maioria usa e abusa da música, muitos outros supermercados prezam pela sua ausência. Como exemplo, eu queria falar sobre uma rede alemã de supermercados, a Aldi.

Como a Aldi escolheu eliminar a música e obteve um sucesso grandioso?

Desde que chegou aos Estados Unidos, em 1976, a rede supermercadista aposta no conceito de fugir do “Status Quo”. Essa expressão se refere à forma como as coisas são hoje.

Nesse caso, em relação à atuação dos concorrentes que utilizam música. Consequentemente, a Aldi não reproduz músicas em suas lojas, tampouco oferece cestas ou carrinhos, sabe por quê?

Simplesmente porque eles apostam no corte de gastos que impacta diretamente na precificação dos produtos, mas como?

Olha só que genial, geralmente o supermercado deve pagar pelo direito autoral para tocar as músicas. Então, a rede alemã corta esse tipo de custo, torna a experiência de compra mais eficiente e direta e propõe preços abaixo da concorrência.

Como resultado, a Aldi possui mais de 2.360 unidades somente nos Estados Unidos. Ou seja, é inegável como seu posicionamento contrário à massa, rendeu uma posição de prestígio e, claro, de alto faturamento

Conclusão sobre a música nos supermercados e como ela ultrapassa as barreiras em comércios distintos

Você achou interessante finalmente descobrir como a música tocada em um supermercado é um truque para vender mais? De fato, é um tema fascinante e, ao mesmo tempo, preocupante.

Afinal, somos levados a um comportamento dormente que impacta na economia familiar, uma vez que inconscientemente compramos mais. Por fim, saiba que se aplica essa estratégia também a comércios como, shoppings, restaurantes e lojas.

Onde houver um consumidor disposto a comprar, lá estarão as caixinhas de som para moldar seus costumes e hábitos.

Espero muito que tenha gostado das informações de hoje, aproveite para compartilhar e até a próxima!

Lidia Massari
Graduação em Publicidade e Propaganda, com oito anos de especialização em Marketing de Conteúdo, Inbound e SEO. Sou entusiasta de tecnologia, inovação, fascinada pela robótica e filmes de ficção científica. Sou curiosa e adoro aprender coisas novas.

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