Uma das maiores startups do mundo, a SHEIN, empresa chinesa de varejo, faz bastante sucesso em todo o mundo, principalmente entre o público jovem. Neste artigo, contamos um pouco da história dessa empresa, como surgiu, quem a fundou e a comanda.
Veja também: De onde vem os produtos da Shein?
O que é a SHEIN
Se você é mais jovem, com certeza já ouviu falar dessa que é a maior empresa de varejo fast-fashion do mundo. É considerada um decacórnio, ou seja, uma startup com valor de mercado estimado em cerca de 10 bilhões de dólares. Só no ano de 2020, a varejista chinesa tinha um valor próximo aos US$ 15 bilhões e teve faturamento próximo aos US$ 24 bilhões em 2022.
No Brasil, a SHEIN já tem faturamento de cerca de R$ 2 bilhões anuais e se tornou concorrente de grandes marcas, como C&A, Riachuelo e Renner. Além disso, a empresa estuda possíveis parcerias com fornecedores locais, barateando os custos e otimizando as vendas e distribuição nacional.
História da empresa
A SHEIN, originalmente SheInside, surgiu em 2008, na China, por um empreendedor chamado Chris Xu. O empresário sempre teve o sonho de fundar seu próprio negócio, quando, em 2008, abriu seu primeiro site destinado à venda de roupas femininas (daí o nome SheInside: algo como “ela dentro da loja”).
Xu viu desde cedo que o maior empecilho para que clientes de outros países comprassem seus produtos era o problema do câmbio monetário. Para solucionar essa questão, ele desenvolveu uma funcionalidade em seu site para que clientes internacionais comprassem produtos com a moeda local.
Antes de fundar a SHEIN, Xu trabalhou na empresa de comércio Nanjing Aodao, também na China. Lá, ele descobriu quais eram as demandas da moda de clientes do mundo todo e também ganhou experiência sobre o comércio chinês.
De onde veio tanto sucesso
A empresa virou a maior varejista nos últimos anos, graças ao investimento na identificação de tendências e na produção de roupas com custo menor e mais acessíveis. Além disso, o foco da empresa mudou, não abrangendo apenas o público feminino, mas também peças masculinas e atendendo a preferências da Geração Z, o público mais jovem.
Outra estratégia fundamental foi o marketing digital, que conta com a divulgação da marca em aplicativos e vídeos de influenciadores digitais. A SHEIN possui parceria com diversos blogueiros que divulgam a marca e seus produtos na internet, ambiente em que há maior chance de atingir público jovem.
Também há o incentivo à produção e venda de peças mais baratas, que se tornam mais atrativas em países emergentes. A SHEIN faz diversas parcerias com empresas que fornecem e distribuem suas peças em vários países para baratear o custo e agilizar a entrega de seus produtos. Em 2022, a empresa criou lojas pop-ups em várias cidades europeias e norte-americanas, seus maiores consumidores, e incrementou bastante suas vendas. Além disso, foi lançado seu primeiro centro de distribuição em Indiana, nos EUA, agilizando a entrega e reduzindo o custo dos produtos
Próximos planos da SHEIN
A empresa já demonstrou enorme interesse no mercado brasileiro. Isso porque o país é um grande consumidor da marca, e eles já perceberam isso. Em dezembro de 2022, o dono e criador, Chris Xu, visitou o Brasil para uma reunião com os maiores distribuidores e comerciantes do varejo brasileiro. O objetivo era conhecer mais sobre o mercado brasileiro, sua cadeia de distribuição, os interesses e a logística de vendas.
Ademais, a viagem serviu para fechar contratos de confidencialidade com dois possíveis fornecedores que devem atender à empresa no futuro. A ideia é que as empresas fabriquem os produtos da SHEIN e cuidem da distribuição.
Atualmente, as entregas ao país são feitas por meio do site/aplicativo, em que há envio da China ao Brasil. Em seguida, um centro de distribuição cuida das entregas em todos os estados, o que resulta na redução do prazo de entrega, apesar de continuar longo (cerca de 1 mês ou mais).
Como a empresa busca produzir o mais novo da moda, a demora na entrega seria um empecilho. Isso porque, ao demorar a ser feita uma entrega, algumas peças podem cair em desuso e deixarem de ser procuradas. A solução mais óbvia para esse problema é construir unidades locais de fornecimento para atender aos pedidos nos maiores centros consumidores.
Na Califórnia, a SHEIN tem planos de abrir um mega centro de distribuição ainda em 2023. Um outro centro seria no nordeste dos EUA, onde há um mercado consumidor alto.
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