Assumindo que o mercado artesanal movimenta 50 bilhões anualmente, pessoas querem saber como conseguir o selo ARTE para produto artesanal.
O selo é a confirmação do trabalho bem-feito, focado na qualidade e usando especialmente recursos locais e técnicas realmente artesanais. Porém, o que é preciso para começar a sonhar com essa certificação? É complexo para o artesão iniciante?
Para ajudar você a conhecer o melhor caminho, as vantagens e como se qualificar, montei esse conteúdo surpreendente. Então, confira as ótimas dicas de hoje!
Como conseguir o selo ARTE para produto artesanal: 5 coisas que classificam seu produto como artesanal
Via de regra, o pequeno artesão acaba sem ter a consciência do potencial que o seu mercado oferece. Por isso, muitas vezes é comum acreditar que basta conhecer o artesanato que mais vende que o sucesso é consequência.
Infelizmente, esse é um segmento muito concorrido porque normalmente o artesanato está atrelado às regiões turísticas, concorda? Um bom exemplo são os empreendedores que investem em vender na praia.
Automaticamente, esse artesão passa a oferecer concorrência a quem planejou e acabou montando uma loja de produtos artesanais. Consegue perceber como os diferenciais competitivos se tornam indispensáveis nesse contexto?
Portanto, o selo ARTE é uma das principais certificações que reforçam todo o empenho na criação do seu produto alimentício.
Vale destacar que o selo é destinado aos produtos alimentícios de origem animal produzidos artesanalmente. Bom, pelo menos essa é a informação disponível no site do Ministério da Agricultura e Pecuária.
1. O produto tem que ser produzido obrigatoriamente pelo profissional artesão
Quem aí conhece bons artesanatos lucrativos para vender, possivelmente vai se relacionar a essa primeira exigência. A primeira grande objeção quanto à classificação do seu produto, é que ele precisa ter sido fabricado à mão.
Nesse sentido, determinado produto que possa ter passado por alguma etapa de industrialização já não pode receber o selo ARTE.
2. Seu produto precisa ter sido criado em pequena escala
Para você que estava pensando em criar centenas de unidades daquele queijo Canastra, saiba que está indo na contramão. Isso porque a segunda obrigatoriedade, é que o produto seja produzido em pequena escala. Além de garantir exclusividade a quem compra, isso assegura um processo de criação totalmente artesanal, compreende?
3. Toda técnica investida na criação precisa ser considerada tradicional e clássica
Aqui voltamos à questão da industrialização, ou seja, o produto precisa começar do zero e ser finalizado pelas mesmas mãos. Para isso, o artesão tem que utilizar apenas técnicas tradicionais, que comprovem o DNA artesanal exigido.
Por exemplo, na hora de fazer queijo para vender, existem técnicas centenárias, mas será que fazem parte da sua região? Ou quem sabe se manter na produção clássica já difundida não seja o melhor caminho?
Se a técnica de fabricação for oriunda de onde você reside, saiba que conta pontos para receber o selo.
4. O produto tem que apresentar características únicas e diferenciadas
Por mais que o seu produto tenha referências externas, ele precisa apresentar originalidade, autenticidade e aspectos únicos. Esse é um fator crucial para fortalecer a sua aprovação, seja um queijo, manteiga ou doce de leite.
Sendo assim, aquela máxima de “faz igual, mas diferente”, definitivamente não funcionará a seu favor no momento da avaliação.
5. Os insumos e matérias-primas devem ser de origem local à produção
Vamos dizer que você comprou a matéria-prima do seu salame lá no Nordeste, embora você more no sul. Nesse caso, pode acontecer de você não receber a aprovação, a não ser que comprove a procedência artesanal do insumo.
Acontece que um dos critérios para avaliação é que o insumo usado na fabricação, seja de origem local. Por exemplo, se você tem uma loja de queijos artesanais, pode ser interessante comprar a matéria-prima localmente.
Por isso, faça questão de guardar toda a documentação da aquisição dos materiais. Afinal, será necessário apresentar tudo na hora de solicitar e ter a aprovação do selo ARTE.
DICA EXCLUSIVA: você acha que atingiu as metas e critérios acima? Veja como solicitar seu selo ARTE!
Bom, você está de cabeça tranquila, pois sabe que cumpriu cada uma das obrigações acima. Dessa maneira, você consegue visualizar o selo sendo vinculado aquele belo doce artesanal, mas então, como solicitar o selo?
- Se porventura você tiver o selo SIM, basta fazer o Cadastro do Serviço Oficial de Inspeção e do Estabelecimento.
- A solicitação pode ser feita através do site do Ministério da Agricultura e Pecuária.
- Em seguida, é só solicitar a opção de Certificação do selo ARTE.
- Nessa etapa, será necessário disponibilizar alguns documentos específicos, todos listados na plataforma do governo.
- Além do mais, é indispensável obter o relatório de fiscalização, que comprova o cumprimento do BPA (Boas Práticas Agropecuárias).
- Será essencial também criar o Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade (RTIQ). Nele você colocará as características e atributos.
Pode parecer burocrático, mas seguindo a cartilha de manuseio de alimentos, cuidado no trabalho e foco na qualidade, é simples. Inclusive, no próprio site do Ministério você encontra todas as informações detalhadas e técnicas.
A partir delas você conseguirá se posicionar melhor para atingir mais esse objetivo. Apenas como uma curiosidade superinteressante, recentemente outras duas categorias de produtos entraram na lista dos elegíveis ao selo ARTE.
Estou falando dos produtos derivados da apicultura e meliponicultura, bem como dos pescados:
- Pirarucu salgado
- Carne de rã defumada
- Linguiça artesanal de peixe
- Mel de abelha sem ferrão
Quais produtos podem receber o selo ARTE?
Quando falamos em produto artesanal, dá a entender que o selo ARTE engloba tudo, né? Porém, atualmente o selo é destinado a determinados produtos alimentícios, restritos em alguns aspectos.
Em outras palavras, para saber se o seu produto é elegível, visite o site do Ministério para encontrar mais detalhes. De forma geral, podemos destacar:
- Queijos e as variações de laticínios artesanais que encontramos em todo canto do Brasil.
- Produção artesanal de manteiga, em especial a versão de garrafa.
- Doce de leite feito localmente usando insumos totalmente regionais.
- A produção de salame artesanal cresceu muito e recebe o selo ARTE, pelo menos em sua maioria.
- Hambúrguer artesanal é um produto que pode facilmente ser certificado, vale a pena se inteirar melhor.
- Como mencionei há pouco, o mel entrou para a lista.
- Subprodutos derivados de alguns pescados.
O vídeo abaixo é um pouco longo, mas engloba boa parte do que conversamos até aqui. Além do mais, um dos participantes do vídeo é um Auditor Fiscal Federal da Agropecuária. Dessa maneira, você pode obter muitas respostas valiosas, concorda?
Aprender como conseguir o selo ARTE para produto artesanal é o começo de algo gigantesco, aproveite!
Quando se trata de aprender como conseguir o selo ARTE para produto artesanal, as pessoas arregalam os olhos, pois sabemos que quanto se trata de Governo é burocracia na certa.
No caso dessa certificação, o lado bom é que você encontra muita informação assertiva nos canais oficiais. E outra, no conteúdo de hoje você viu muita coisa que pode ajudar nos primeiros passos para seguir em frente.
Aproveite o momento para ter um diferencial competitivo que destaca seu negócio da concorrência, boa sorte.
Espero muito que tenha gostado das minhas dicas, me ajude a compartilhá-las nas redes sociais, até a próxima!
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